Empresas de segurança apresentaram nesta semana em um evento na capital paulista soluções tecnológicas para o setor público. Câmeras acopladas ao uniforme de agentes de segurança, similares às usadas por PMs paulistas, por exemplo, foram melhoradas, e agora há modelos que oferecem transmissão online das operações de campo.
Entre as novidades da 3ª edição do Congresso Internacional de Operações Policiais no segmento de equipamentos e serviços de Segurança Pública, há uma série de produtos não letais que podem auxiliar policiais civis, militares e federais no serviço de inteligência e no combate à criminalidade (veja vídeo acima).
Além da nova geração de bodycams, há drones que disparam bombas de gás lacrimogêneo ou de pimenta, armas de choque de múltiplos disparos e robô antibomba que custa cerca de US$ 280 mil (mais de R$ 1,3 milhão, com a cotação de 26/10).
A empresa Condor apresentou o que chama de “primeira câmera corporal totalmente produzida no Brasil”. O equipamento, segundo a empresa, tem 12 horas de autonomia de gravação, é a prova d’água e tem como diferencial a possibilidade de transmissão online das operações policiais de campo.
Feira de Segurança Pública em São Paulo oferece produtos para forças policiais de todo o Brasil. — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1
“As bodycams são um caminho sem volta. Todas as polícias estão indo nessa direção porque [as câmeras] garantem a proteção do próprio policial e da sociedade”, disse Gabriel Dias, gerente de operações da fabricante brasileira.
“O mercado de bodycams no Brasil está muito aquecido. Ele começa com uma necessidade de accountability [responsabilidade pública] dos policiais, de entender e dar transparência às ações, para proteção da sociedade”, disse Luiz Monteiro, diretor comercial da Condor.
E emendou: “Mas, muito mais que um instrumento de transparência, a gente quer que as bodycams sejam um instrumento de auxílio à segurança. Ela tem que ter reconhecimento facial, reconhecimento de placas, GPS pra saber onde os policiais com câmeras estão. Tudo isso é importante para a gente ter políticas públicas de segurança ainda melhores”.
Câmeras corporais com transmissão online oferecidas pela empresa Condor. — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1
A vedete da feira no que diz respeito a bodycams é a americana Axon, fornecedora das câmeras corporais usadas pela Polícia Militar de SP atualmente.
Na feira, a empresa apresentou o novo modelo Axon Body 4, que é uma evolução do usado pelos policiais paulistas.
O aluguel do novo equipamento é de cerca de R$ 1.200 por mês, e o pacote mínimo conta com 30 câmeras e tem autonomia de 14 horas de bateria e gravação.
O novo produto oferece uma alternativa de câmera acoplada ao aparelho, em que o policial pode optar por filmar a ocorrência com a lente auxiliar fixada no capacete ou no ombro.
A empresa americana Axon apresentou a nova geração de câmeras corporais para policiais. O novo modelo Axon Body 4 é uma evolução do que é usado pelo PM do Estado de SP. — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1
A bodycam também pode ser acionada automaticamente, assim que o policial saca uma pistola teaser, de disparo elétrico não letal, também oferecida pela empresa.
Mas os principais recursos, segundo o engenheiro Matheus Vinicius Oliveira, representante da empresa norte-americana, são a possibilidade de rastreamento online da câmera, a comunicação do policial com a central de monitoramento em tempo real e o registro de 100% de tudo o que é feito com o aparelho durante a jornada de trabalho do policial.
A exemplo da concorrente Condor, o material captado pelo policial também pode ser acompanhado online por uma central de monitoramento, segundo a empresa.
“O novo modelo tem o intuito de estreitar o laço do policial em campo com a central de comando. Ele também tem um botão de pânico, que o policial pode acionar durante uma ocorrência e vai chamar a atenção da central para a situação que ele enfrenta. E a central poderá acompanhar online os desdobramentos da ocorrência e verificar a necessidade de reforços”, disse Oliveira.
Atualmente, a Axon aluga 10.125 câmeras para o governo de São Paulo. A empresa também fornece todo o serviço de armazenagem de dados e imagens do que é captado pelos policiais paulistas e calcula que o pacote para o governo de São Paulo sai, em valores unitários, cerca de R$ 800 mês/unidade.
“A PM de São Paulo produz por mês 1 petabyte de material mensal, que é armazenado e catalogado na nossa plataforma. Isso significa uma Netflix por mês de armazenamento de imagens”, afirmou o engenheiro.
“Isso eu não sei dizer. Porque vai depender do quanto vai ser descontingenciado do nosso orçamento”, afirmou, ao ser questionado se o governo pretende adquirir novos equipamentos.
Outro lançamento da feira foi o drone que tem capacidade de atirar até 24 bombas de gás lacrimogêneo ou de pimenta, e que pode ser usado para controle de protestos e multidões.
O aparelho, segundo a fabricante Condor, pode ser usado de uma distância mínima de 30 metros de altura do chão.
“O policial operador pode deslocar com esse drone pelo campo de forma precisa e fazer os disparos exatamente onde é necessário algum tipo de operação. O modelo atual são munições fumígenas – de gás de pimenta ou lacrimogêneo, similares ao que já é usado hoje para o controle de massas e protestos. O ideal é ser usado de uma altura de 50 metros, que é uma distância segura, que ninguém consegue interceptar o drone do chão”, afirmou Gabriel Dias, gerente de operações.
Drone da empresa Condor que tem capacidade de lançar até 24 bombas de gás lacrimogêneo. — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1
A empresa não quis revelar o preço do produto ao g1, mas disse já vendeu algumas unidades do Condor Drop para corporações policiais de outros países.
“Os valores dependem do pacote de soluções que a empresa deseja adquirir dentro do catálogo de produtos que a gente oferece para as forças de segurança”, afirmou o diretor comercial da Condor, Luiz Monteiro.
Robô de U$ 280 mil
A canadense Icor Technology apresentou na feira um robô antibombas que custa cerca de U$ 280 mil dólares e é totalmente controlado a distância.
O Caliber T5 é usado, segundo representantes da empresa, por polícias como a Swat, dos Estados Unidos, e tem capacidade de subir escadas, ônibus e até aviões com ameaça de bomba.
A máquina tem garras que chegam a 2,8 metros de altura e foi exposta no evento pelo Grupo Especial de
O diretor comercial da Condor, Luiz Monteiro, destaca que as polícias brasileiras têm buscado cada vez mais soluções não letais para a aplicação nas forças de segurança.
“É um conselho civilizatório. O uso proporcional e razoável da força é um conceito universal, emanado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1990 e previsto na nossa Constituição. Ou seja, se não for necessário matar, não se mate. E as polícias têm buscado isso e empresas como a nossa se esforçando para oferecer soluções que também vão nesse sentido”, declarou Monteiro.
Ponte
A intenção da feira, segundo o organizador João Sansone, é aproximar as autoridades públicas de Segurança do país e as empresas produtoras de equipamentos para as corporações.
Na última edição, o evento movimentou cerca de R$ 22 milhões em negócios realizados nos três dias de debates, palestras e exposições.
“É a primeira vez que a gente realiza este evento em SP. Ele nasceu em Florianópolis e, neste ano, a gente conseguiu reunir toda a cúpula das polícias estaduais de todo o Brasil. Secretário de Segurança, comandantes gerais militares e chefes de Polícia Civil de todo o país, além das principais empresas do setor”, disse Sancione.
Brasileira Condor apresenta tecnologias inteligentes: drone que lança munições líquidas e de fumaça, granadas de efeito moral inteligentes e ecologicamente corretas
Líder global no seu segmento (armas elétricas, bombas de efeito moral, granadas lacrimogêneas, munições de borracha, entre outros), a brasileira Condor Tecnologias Não Letais criou em sua fábrica, em Nova Iguaçu, o primeiro Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da América Latina.
Com 18 laboratórios, o ICT desenvolve exclusivamente armas projetadas para preservar vidas, cujo uso é recomendado pela ONU (8ª Congresso de Havana, 1990), dentro do que se convencionou chamar de “Doutrina do Uso Proporcional da Força”.
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